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O imediatismo e a ansiedade devem ser controlados para não atrapalharem o jovem no mercado de trabalho
Fonte Boa Chance/ ABRH-RJ
O empenho e a energia de quem acaba de se formar na faculdade nem sempre são suficientes para garantir que o jovem esteja preparado para enfrentar o mercado de trabalho. Como lidar com essa nova fase da vida pode gerar dúvidas e incertezas no recém-formado. Fazer uma pós ou um MBA, por exemplo, costuma ser um dos questionamentos que permeiam a cabeça de quem está dando os primeiros passos após pegar o diploma da graduação.
O professor emérito do Instituto de Economia da UFRJ João Sabóia aconselha que o jovem busque sempre formas de se atualizar em sua área. Entretanto, avalia que nãio há necessidade de buscar uma pós-graduação logo após pegar o diploma universitário. A pessoa pode se dedicar à carreira e avaliar com mais calma o que pretende fazer. Há casos em que ter a experiência traz vantagem em processos de seleção. O Instituto COPPEAD da Admnistração da UFRJ, por exemplo, prevê bônuis na pontuação da prova para Mestrado para quem tem comprovada experiência de trabalho:
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Mas se a pessoa almeja seguir carreira acadêmica, então nesse caso, não há muita saída, tem que buscar logo os processos de seleção de mestrado e depois fazer um doutorado - avalia.
Para aqueles que já planejam fazer a pós, Sabóia observa que escolher um curso que seja de uma área distinta da graudação amplia a formação e abre novos horizontes no mercado, principalmente se for de uma carreira com oportunidades restritas.
Para Calrice Dahis, coordenadora do IBMEC Carreiras, setor responsável por oferecer orientações aos estudantes, um dos principais desafios do jovem é saber controlar a ansiedade e o imediatismo. Ela explica que muitos já saem da faculdade almejando um crescimento profissional rápido, porém o ideal, nesse primeiro momento, deve ser priorizar o aprendizado.
- Não há necessidade de pressa. O mais importante no início da carreira é continuar o aprendizado, saber ouvir e commpreender a cultura organizacional da empresa - recomenda.
O imediatismo do jovem também está presente na fomra como ele decide entre mais de uma oportunidade de emprego. Segundo Clarice, a questão salarial, em muitos casos, é que tem o maior peso na hora da escolha. Entretanto o melhor seria avaliar primeiro se aquela empresa dará oportunidade para que ele se aperfeiçoe profissionalmente. Ela cita que há muitas companhias que inveestem em treinamento e na qualificação do colaborador.
- Isso deve ser um dos principais fatores a ser considerado na hora de optar por um emprego - afirma.
É preciso também que a pessoa esteja atenta ao perfil profissional que o mercado está buscando. A diretora da ABRH-RJ Alba Duarte explica que as empresas esperam que o jovem funcionário traga garra, dedicação e, especialmente que queiram inovar processos, tornando-os mais simples. Por outro lado, Clarice revela que gestores constatam que há jovens com dificuldade em lidar com feedback negativo. São profissionais que não estão abertos a ouvir conselhos ou aprender com os colegas mais experientes.
- Excesso de confiança, ansiedade e falta de humildade são fatores que podem prejudicar a reputação do profissional. É preciso que o jovem tenha essa percepção e saiba construir a sua imagem - avalia.
Estagiar é importante
A coordenadora do IBMEC Carreiras alerta que a preocupação com a tragetória profissional não pode começar apenas no fim da graduação. Quem opta por não estagiar mais cedo perde a oportunidade de desenvolver melhor habilidades que o mercado exige. Por isso aqueles que decidem estagiar apenas nos últimos semestres podem enfrentar desvantagem na hora de disputar vagas com quem acumulou mais experiência.
- O estágio permite o desenvolvimento de habilidades e atitudes necessárias para o processo de formação de competência. A vivência do estágio facilita a tomada de deicsões sobre áreas a seguir na carreira profissional - pontua Alba.
Estagiar em várias empresas permite ao estudante conhecer além diferentes culturas e valores, além de modelos de gestão, processos e formas distintas de condução de projetos. A experiênca, observa Alba, amplia as chances de decisões pautadas em vivências reais. Entretanto a diretora da ABRH-RJ aponta também, vantagens para quem cumpre o periódo máximo de estágio permitido por lei (2 anos) na mesma empresa.
- Permanecer na mesma organização amplia a possibilidade de amadurecimento no processo de desenvolvimento de competência específicas ao exercício da função, além de gerar chance de efetivação.
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