Pular para o conteúdo principal

MERCADO AQUECIDO - PARTE 3 QUANDO FALTAM PESSOAS

 MERCADO AQUECIDO - PARTE 3 QUANDO FALTAM PESSOAS

O fenômeno de falta de profissionais qualificados é intenso, mas recente. Por isso grande parte das organizações ainda não alterou seu conceito sobre o que é ser "bom gestor", preferindo promover um gestor de recursos em detrimento de um gestor de pessoas. Esta preocupação vem sendo transmitida com frequência  por Fábio Ribeiro, presidente da Diretoria  Executiva da ABRH - RJ (Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro).
Felizmente ele tem uma certeza: a de que este panorama mudará, seja pela convicção e aprendizado dos executivos, ou pela força do mercado que se impõe ao ameaçar a sobrevivência da organização.
"Se na década de 1980 as organizações que não administravam bem seus recursos financeiros não sobreviviam, o mesmo ocorrerá com a gestão de pessoas, ou seja, se repor um profissional era uma questão repassada ao RH que os 'colhia' em um mercado com grande oferta, hoje sua situação é diferente", considera Fábio, que faz três provocações a seguir:
QUANTO TEMPO DA SUA AGENDA O GESTOR DEDICA ÀS PESSOAS?
Fábio acredita que um tema, de fato, só é prioridade quando este ocupa a agenda. Em empresas identificadas como boas para se trabalhar e, consequentemente, com baixo turnover, o presidente dedica pelo menos 50% de seu tempo à Gestão de Pessoas. "Dedicar significa formar líderes, mas também quebrar as barreiras hierárquicas e estar disponível para ouvir, ajudar a solucionar problemas e abir espaço para opiniões", esclarece o presidente da ABRH-RJ.
DE QUEM É O PROBLEMA DA PRODUTIVIDADE?
Em tempo de mão de obra escassa, não faz mais sentido vermos uma pessoa trabalhando enquanto outras três observam o primeiro. Também não cabe ignorar a capacidade das pessoas de apresentar soluções e inovações.
Quem já teve oportunidade de viajar aos EUA ou Europa, como Fábio, pôde vivenciar situações de alta produtividade e capacidade técnica, combinação que representa a única forma de um povo ser bem remunerado pelo trabalho de forma sustentável. "No Brasil, porém, criamos um perverso modelo no qual o empregador muita vezes tenta se apropriar do ganho de produtividade", aponta o executivo.
Para ele o problema da produtividade é grave, pois o modelo de gestão e os gestores tem pouca capacidade de: (1) reconhecer e premiar os mais produtivos, (2) pensar os processos de trabalho, (3) trabalhar sobre padrões e (4) identificar o que as pessoas mais produtivas fazem e ensinar isso para os demais.
Fábio assegura que, se mudarmos nestes itens, todos sairão ganhando: a empresa que conseguirá atender seus clientes e os profissionais que serão melhor remunerados.
QUEM ESTÁ CUIDANDO DA NECESSIDADE DE GENTE DE AMANHÃ E DEPOIS?
Segundo o presidente da ABRH-RJ, predomina uma visão de curto prazo desta questão: geralmente treinamos para o posto de trabalho a ser ocupado naquele momento.
 "Devemos formar mão de obra e liderança também com o foco no futuro; olhando não apenas para o mercado, mas também para quem já está no ambiente da empresa e tem potencial a ser desenvolvido", ressalta Fábio. E com a diversidade de gente que há no mercado, as empresas também devem assumir, segundo ele, o papel de resgatar a autoestima, fornecendo educação básica e cidadania.
"Estamos vivendo um momento especial no Brasil e temos a oportunidade de, ao respondermos a estas perguntas, nos tranformarmos em gestores estratégicos de pessoas e em agentes de mudança social.
Fonte Jornal O Globo - Caderno Boa Chance p.2
Para maiores informações: www.abrhrj.org.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

UM DIA..

  QUE UM DIA... A vida que se apoia no futuro, nos ideiais, tira muito do alvo que é viver no presente. Nossa! Falar em viver o presente é quase como sair numa missão pelo mundo, tipo todos esses filmes fantásticos, em busca de um objeto valioso... Tanto se fala, pouco se sabe e experimenta. Mas a vida segue nos seus dias que ensinam para os atentos e desatentos (que somos). Cada vez mais creio que a maturidade é um estado de atenção capaz de permitir que cada um desfrute de sua existência de modo cada vez mais intuitivo, simples, leve, natural. E nesta trilha que seja possível um dia se divertir com o fato de ser alguém único. Quando ouço o canto dos pássaros, o barulho do vento balançando as folhas das árvores e tantas cores que chegam aos meus olhos, penso que os sons e imagens que vejo e ouço, falam da diversidade, da singularidade como uma Lei da Natureza... No caminhar da Humanidade parece ter sido uma das leis mais desrespeitadas, o que acaba por produzir muito sofrimento de to

GUARDA COMPARTILHADA

Terapeutas Comunitários, psicólogos e outros que trabalham no Tribunal de Justiça e/ou outro órgão Jurídico . . . Foi aprovado O projeto de Lei da Guarda Compartilhada. O motivo desta informação vir por aqui, é porque também trabalhamos com família e se faz importante que profissionais, assistentes sociais, advogados, PAIS E MÃES, tenham consciência do que representa esta lei e sobretudo, a importância da CONVIVÊNCIA dos filhos com ambos os Pais. Neste link http://fotojornalismo.fot.br/arquivo/details.php?image_id=2014&sessionid=e99a880ac6d8b09e41e0d77fc44a3b87 é possível baixar uma cartilha sobre o assunto. Para discussão detalhada sobre o assunto, sugiro as seguintes associações no Brasil: PAIS PARA SEMPRE: http://paisparasemprebrasil.org/ http://pais-para-sempre.blogspot.com/ PAI LEGAL http://www.pailegal.net Associação Pela Participação de Pais e Mães Separados na Vida dos Filhos: http://www.participais.com.br/ Associação de pais e Mães Separado

ERRAR E HUMANO, PERSISTIR NO ERRO É BURRICE!

  ERRAR E HUMANO, PERSISTIR NO ERRO É BURRICE ! Errar é humano e não tem quantidade, tem o momento que a pessoa compreende algo. Um processo de aprendizagem pode ter várias camadas, até mesmo a camada do pensar ter entendido o que ainda de fato não entendeu. Uma experiência pode ter muitos aspectos que vão sendo revelados na sua execução e talvez leve um tempo para compreender e executar com excelência. Uma criança que aprende a andar experimenta sem a "pressão de ser vista como" incompetente.  "Quebrar a cara" quantas vezes for necessário é uma liberdade desde sempre em posse de cada um. E é um exercício se permitir a liberdade de experimentar. Um exercício. Isto também se aplica no desenvolvimento de competências emocionais. O perfeccionismo é diferente de dar o seu melhor. Dar o seu melhor é diferente de perseguir de modo obsessivo o "controle pleno" da situação. Quase sempre a resposta a isso é frustração e desgaste. Sempre vai ter alguém pra botar def